23 janeiro 2006

opoetalenhador

A discreta cor, engana quem pensa em preto e branco ou coloridamente sem cor, vida não há que mereça uma solução incolor, indignadamente tardia a palavra repete o refrão, por que, por que nao queria saber onde ficava a rua ou a lembrança de uma só palavra do que tinhas? Com essas insidiosas passagens aboletou-se o mestre de obras no espaço entre os porcos e as latas de querosene na carroceria do destino, pau de arara imaginário o que nao inválida o sacolejo imaginário e a dura vida de sonhador, sonhar o verbo em linhas, romper a usura cardinal que vem com a manhã, sol e tal, melhorau, miniaturas postas em fila na escrivaninha, ainda alimentam a ordem das coisas, como se coisas rompessem o silêncio ou o verso que nao diz o que querias ouvir ou ser, melhor não, melhor assim, taquicardia, coração na carroceria, coração do amigo na hora do penalti, vida, mantenha o foco, arraste a mesa para o canto da sala, abra outra garrafa, desalinhe a fuga, fugas, cantatas, resto de notas harmônicas, cantem, soprem o tomo da ligadura que bombeia, sorria, liberte os que sonham da desconfortável anatomia, melhoras para os de fina cor, homens de bem, lenhadores na casa das arvóres onde sempre chove no telhado, poços artesianos, sol, lá fora o carro chama o coronel para quermesse, sombras somem com o sol, viva a letra, a composição, o carro não para na pocilga, porcos ainda correm entre latas, grunidos, e, lá, indiscritivelmente livre, o poeta segura o tranco e amanhã corrige a ortografia do lugar, coração.

Nenhum comentário: