20 setembro 2014

Os jornais da terra do bardo

“O banheiro não é uma biblioteca.”(Dráuzio Varela, na fsp)
Os dados brutos não têm problema, a questão foi na hora de calcular o numerinho que compõe a amostra...”(Roberto Olinto, diretor do IBGE, no Globo)
“É tempo suficiente para Dilma “encher seu lago Paranoá de votos” na base do medo das pessoas. (Fernando Rodrigues, na fsp)
No primeiro artigo lido do dia um breve tratado sobre hemorroidas e os cuidados com a leitura no banheiro. No segundo uma trapalhada ainda maior, depois de várias controvérsias na sua história recente, a pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD) que indexa 90% ou mais dos artigos acadêmicos em ciências sociais aplicadas no Brasil, aparece rasurada e desacreditada, por um erro nos arredondamentos e uma inversão no sinal da primeira deriva para a trajetória temporal do indicador de distribuição de renda que, abruptamente, passou de em crescimento para, novamente, em queda. 

Por fim, o outro sinal, a pesquisa eleitoral do datafolha, tudo junto e alinhado, aponta queda ou estagnação da candidata Marina que até então era a única com chances reais de bater o status quo,  e indica ampliação dos outros dois candidatos, Aécio, subida sólida e reversão de expectativas e para a presidente sugere que a sua densidade eleitoral teria retomado indicadores na casa dos 37% das intenções de votos no primeiro turno e que empataria tecnicamente no segundo turno.

Tudo junto, dia inglório, uma sinalização de que a tática do terror teria, mais uma vez, vencido e conquistado votos para preservar um país de equívocos em todas as áreas, até mesmo entre e nos indicadores sociais, agora totalmente desacreditados.


Um dia de sol e temperaturas agradáveis, uma brisa primaveril e uma luz já distinta, que alegra sem eufemismos. Uma luz de bem com a vida e com as realizações humanas, só os jornais que destoam, evocam o obscuro continuísmo de uma senhora sem traquejo e com um forte pendor para equívocos grosseiros, uma pena.

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