22 abril 2006

Argilas e digitais

Não há muito o que gravar mesmo porque cd nao tinhas e a virginal parelha era uma cristaleira orlada de recordações, as pedras distraiam o tempo e ainda municiavam o badoque, linhas, curvas, estradas de carpina e morros grotões a dentro, serpentes.... nao tinhas a menor noção do tempo sem aspas, sem o refrão do menino pagão, solitariamente na chapada, ao pé do muro, vastidão na descida, céu de qualquer um, piso de sonhos, diriam uns, outros, menos solidários, melhor seria, sustentavam, não partir, ser do lugar e ficar, bastaria, quem sabe, diriam outros, a melancolia seria uma lembrança vazia de palavras homonimas, ou de vidas, idem, por que nao? Todos os dias a mesma lista de noticias, a mesma indagação sem imaginação, o relato das humanas patifarias, a mesma luta diária com o trânsito e a fuga, o ponto de fuga, matematicamente proporcional, como nos potes de argila de Puebla Acoma, ou como as espirais das digitais, alegóricas, mesmo dia, mesma noite, sem fim, tardia, ainda que lenta e timidamente perdida, por que nao? Viajaremos no verão, para o mesmo lugar, quanta ironia e na descida contemplaremos os muros das casas que não estão mais na rua das pedras, mesmo assim, não aceitaremos o lugar comum sem a falta de vírgulas de antoniolobo....

09 abril 2006

conjecturas...

Havia conspurgado a página e desisitido das investidas do acaso, mas, como a própria reverência ao mesmo motivo, reponho as palavras no espaço em branco, agora, para revigorar a existência, qualquer uma, que permita uma revisão apropriada da expressão. Normalmente, não funciona fazer uma disciplina como ouvinte ou ler um material formalizado sem exercitar as dúvidas na ponta do lápis, afinal, como se chega aos resultados da função característica, supondo que já entendemos o seu significadou ou para que serve esssa função na compreensão do problema geral, etc? Mesmo que queiras, redimir os manuais da falta de conexão com a história real ou com a teoria real, nao podemos nos furtar da sistemática tentativa de entender cada demonstração e cada construto teórico ou arranjo axiomático na análise maior que chamam teoria ou explicação do real, a partir de bons constructos, palpites e proposições testáveis, esse arranjo abstrato, dedutivo, lógico é o que temos de melhor para entender o que quer que seja sem nos apegarmos exclusivamente á crença cega nos argumentos de autoridade ou em dogmas da emoção ou nos atributos da adjetivação que nao duvidam nunca e que dependem da sólida companhia da fé, dogmaticamente sem saídas, apesar de eventualmente confortados, apenas estaremos fortalecendo a nossa ignorância do mundo que tentamos, humanamente, entender....