16 junho 2008

Cronologia...

Impreciso e sem observar o passado, nao sabes a quem deve dirigir a palavra, apenas observas o observador observar, na paleta a origem da criação que, por nao ser única, depende do observador criativo, enfim um enigma quem gerou o que e quando, se ha um principio, que fique claro. uma alusão ao castelo e suas preciosidades, na roma antiga, as mulheres da tribo vizinha valiam ouro, e nesse reino visistas e festas, acalentam outras tantas historias da civilizacao, raptos, intrigas, a corte revisitada o amor sereno que nidifica ou a uniao pela força dos corpos.
num vazio descaido da estrada que une a europa antiga ao novo reino, paragens de descanso, enquanto a máquina de ostras, repulsa, sonoras loas para o bastião da moral alheia, sonora continuidade no descampado em meio ao cantar dos passaros no final da tarde, ergue-se, sonoramente, a noite dos descampados.

13 junho 2008

CDA

A bruxa
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.

Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.

De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto…
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?

E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.

Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?

Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.

Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.

treze é o dia...

nesse dia, exatamente na passagem do paralelo 33 haverá, no sentido de existir, os que nao querem sonhar, os que resignados aceitam as manifestações de desapreço pelo correto e pelo sentido de correção, esse mais importante do que aquele, e capitulam, erguer um sonoro não aos que planejam barricadas para atacar a instituição primária da liberdade e da conquista de direitos universais, é fundamental, como sempre, alinho-me aos moinhos e defendo um por um o desatino dos loucos que acreditam em instituições, regras, contratos e inclusão social plena sem desrespeitar a mãe de todas as conquistas: o estado democrático de direito. Não venham mercadores de ilusão, figuras torpes do poder a qualquer preço, ousar contra o que vai na carta magna ou na letra objetiva e sagrada da lei, precária é sabido, mas humana e consensuada institucionalmente e, portanto, inatacável.