30 abril 2009

Imagens sonoras



Toca o sino pequenino
Sino de Belém,
Já nasceu o Deus Menino
Que a Senhora tem.

É Natal, é Natal,
Vamos sem demora,
Já nasceu o Deus Menino
Que a Senhora adora

29 abril 2009

Uma pequena milonga missioneira


Mitongos, tu tangas

Milhagens no cartão precisam de crédito,
juros não caem de amores pelo descrédito,
palavras são ameaças vazias,
fiscal é o ajuste do orçamento
para consecução do investimento,
parreiras no outono são quitandas,
chuvas só no inverno,
ladainha é mudança abrupta,
la ninha, a mesma coisa, com exatidão,
misangras, lamento dos charcos, chuvas,
sublime é a expressão da vida,
sucumbes....

O rei de Frigia e seus tentáculos


Górdio é nó, sem sombras, esse infeccioso vírus, vilão da barafunda, instala-se nas dissecadas mentes teológicas, e sem saber, repete, como um mantra, a sua ladainha, em outos tempos, seria melhor esmagar o carro com a retroescavadeira e desabar sobre o precipicio a fúria de latarias e outros desmanches, por agora, aceito o argumento, todos estão certos, todos estão errados, no fundo isso é real, mas como o diz o refrão:
"Tá legal, eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro ou de um tamborim..."(Paulinho da Viola)

26 abril 2009

Arapucas

instrumento de caça, armadilha de origem indigena para pegar pequenas presas em descompasso, pois é, mesmo imprecisa e incompleta, essa definição, serve para o que proponho, e, assim como equilíbrios de baixo nível, deves evita-las, no Brasil, como em qualquer outra parte do mundo, essas conviclções macroeconômicas prosperam, e, ao relata-las, mesmo querendo diminui-las, acabas por legitimar um debate inócuo e sem sentido, deixe-os todos com suas crenças, afinal o importante é usar bayes com alguma precisão e supor que o jogo é repetido, afinal, mesmo com uma funçao aprendizagem linear e com poucas conexões sinápticas, é possível pensar em vida inteligente nas nossas fronteiras, ao tentar colocar o debate em um nível racional acabas solidificando o nó, é mais ou menos, como esticar a corda para tentar desata-la, acabamos eternizando as posições rígidas, com perdão da redundância....

25 abril 2009

sábado a tarde



um leve soco, sem traumas, apenas um aperto de mão, uma falta de expressão no olhar, a pena leve sobre a pilha de papeis sem datas, mas, em todas as direções empilhados, morre-se assim, acumulando papeis rabiscados aos montes, efeitos autoreforçados de um pastoreio nas margens daquele rio, semprevivas, lembranças, saudadesdadescidanamontanhadasonças, pintadas de verde as arvores, redes armadas em varios niveis, arapucas na descida para o riacho, andorinhas, juritis e uma pedra rolando ao som dos gravetos quebrados...

23 abril 2009

abóbada

sua excelência deveria respeitar meus termos, afinal eles nao estao aqui para se defender da injuriosa calúnia que ora proferes...nesses termos, de caso pensado ou nao, poderia começar a fanfarra dos sabichões, arautos da malidicência, registro impecável da articulação insidiosa em outras paragens, diria o meu amigo dos povos, não me relevem a importância da manifestação contra os arbitrários desmandos nos campos e pradarias...seja como for, nao vai, nao dessa forma, bem a nossa vontade de ser livre e civilizadamente um povo, ou um arranjo mais estável, entristecedoramente lamentável, diria o bomsenso reclamando das suas aflições, e pensar que nessa colunata, naquele ricão, estão doutos de tremenda estampa, fina, não sabemos ser, afinal, os dias sempre revelam o que não queremos saber, pachorra na masmorra, ou palhaçada no picadeiro, metaforicamente, é óbvio, afinal...

22 abril 2009

película

protejam-se, grita o capitão de guardas, diante do ataque surpresa das bolsas, passagens são emitidas a revelia das cotas, vale tudo, passe livre, alguns viajam a passeio para "zeuropa" com a familia, amigos, gatos e cachorros, turismo nas asas do eixo monumental ou plano piloto, outros, mais espertos justificam as passagens da companheira, sic, outros falam de companheiros de ideologia que viajam em suposta antecipacao da campanha, outros ajudam amigos e vizinhos, ou um conhecido, afinal cumprem, com o dinheiro do contribuinte, o mandato federal, alma gêmea das garsas, abutres sobrevoam o plano piloto, sem cerimônias, viajam na estacão das térmicas em planador do herário, pelo menos usam energia limpa, já o manuseador de palavras, vive de dores nas costas, falta de sono e de apetites...

20 abril 2009

Andrés Segovia



minuetos, serenos enlevos de uma noite de outono na ilha dos acores, vista de longe parece pacata e pacifica, de perto a realidade se impõe, sem mediadores nortenhos a vida da cidade baixa é o único feixe de luz pacificadora...

mineiridade da rua da bahia

novostempos


"Jamais foi sugerida uma explicação moral coerente para abandonar um sistema que fornecia capacidade valiosa de inovação, pesquisa, solução de problemas, crescimento pessoal. Os socialistas e os corporativistas jamais ofereceram um modelo alternativo de boa vida." (Edmund Phelps, 19/04/2009, fsp)

19 abril 2009

a bailarina e a outra pessoa.

polifonica e madrigal, ela, a bailarina, nao sabe o que dizer enquanto gesticula com o nariz, a mao espalmada tenta acalmar as narinas num gesto delicado mas de efeito real, feiticeira de faixas, divertida e inteligente, como todas as fadas, mas nao sabe o que quer dizer o seu sobrenome alemao, de gestos largos, e frases curtas de efeito tepido como a agua de banho daquela queda dagua em melbourne, ou em mangaba, outro tanto, sua vida em codigo nao revela, seguidamente, ainda moram na mesma rua, na mesma casa separada, mas em dias, irao ter, em anedoticas bebedeiras, uma grande e inusitada noite de alegrias, diz que dança, mas eu nao sei....

17 abril 2009

cenográfico, o muro, não o significado da sua tragédia


a notícia, em tempos de banalizações, chama-se de noticia qualquer martir da inocência, mas suponha que a aplicação do termo mereça uma nota, nesse caso, do muro, da queda do muro, ergue-lo, mesmo que cenograficamente, fere qualquer sentido mínimo de dignidade, nos corredores da cidadela suja e obscura, muitos foram mortos e perseguidos apenas e tão somente porque discordavam do leviatã sombrio, frio, calculista, gosmento e pragmático para ceifar vidas e prender qualquer expressão livre nas artes, na música, na ciência, na política, nas zilhões de formas de ser humano. Lugubre e soturno, ele, o muro, esconde a miséria dos que mandaram/mandam ergue-lo em nome de uma idéia, que no diminutivo chamamos de ideologia...

Princípios de justiça distributiva


(1) Todas as pessoas têm igual direito a um projeto inteiramente satisfatório de direitos e liberdades básicas iguais para todos, projeto este compatível com todos os demais; e, nesse projeto, as liberdades políticas, e somente estas, deverão ter seu valor equitativo garantido.
(2) As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer dois requisitos: primeiro, devem estar vinculadas a posições e cargos abertos a todos, em condições de igualdade equitativa de oportunidades; e, segundo, devem representar o maior benefício possível aos membros menos privilegiados da sociedade. (RAWLS, p. 47 e 48, 2000)

16 abril 2009

"é bobagem achar que vou voltar"

"Vai de uma vez não volte mais
Vai porque eu não vou voltar atrás
Eu vou me acostumar
Não quero mais
Ninguém pra me enganar
Eu vou me acostumar
Não quero mais
Ninguém pra me enganar
Sei foi bom demais nossos momentos
Mas, foram momentos e nada mais
Vai, não volte nunca mais
O que eu falei
Não vou voltar atrás
Vai, não volte nunca mais
O que eu falei
Não vou voltar atrás
O que eu falei não vou voltar atrás
Não quero mais ninguém pra me enganar
O que eu falei não vou voltar atrás
Não quero mais ninguém pra me enganar. "

Epitáfio


"A superfície da vida que (Joyce) viveu parece sempre errática e provisória. Mas seu sentido central dirigia-se tão conscientemente quanto sua obra. A habilidade com que escreveu seus livros foi a mesma com que forçou o mundo a lê-los; a afeição sorridente que eestendeu a Bloom e seus outros personagens principais era a mesma que dava aos membros de sua familia; seu desinteresse pela parcimônia e convenções burguesas foi a esplêndida extravagância que o capacitou na literatura a transformar uma selva intratável num novo estado. Em tudo que ele fizesse, seus dois interesses profundos - sua família e seus escritos - mantiveram seu lugar. Essas paixões nunca cederam. A intensidade da primeira conferiu à sua obra a sua simpatia e humanidade; a intensidade da segunda deu à sua vida dignidade e nobre dedicação." (Richard Ellman, palavras finais da monumental biografia do Joyce.)

formigas no serro

Exausto



Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
Adélia Prado



(xxx)


Dia



As galinhas com susto abrem o bico
e param daquele jeito imóvel
- ia dizer imoral -
as barbelas e as cristas envermelhadas,
só as artérias palpitando no pescoço.
Uma mulher espantada com sexo:
mas gostando muito.
Adélia Prado

15 abril 2009

no sequitur

tenho agora, cá nesse mundo das palavras tortas e de significado nebuloso, um seguidor, trata-se de rapaz distinto, de saberes medonhos e de gostos dúvidosos, afirma isso seu caráter assumidamente seguidor desse blog, mesmo sendo, e assumindo ser, ele nao segue o blog, sempre desatualizado, prefere assistir novelas e "contracenar" com os galãs da globo, alegadamente do mesmo sexo, penso que ao não revelar sua preferencia pelas beldades do belo sexo ele poupa-se da inevitável explicação dos recemcasados, "vixe, nao sabe que prefiro as morenas", ou algo do genero, tudo pronunciado no seu, tambem ele, indefectivel sotaque oeirense da antiga capital...Peço perdão aos outros dois leitores, mas um seguidor que não ler já é uma grande conquista, afinal nada do que por aqui passa vale o que lerdes, ou algo assim.

14 abril 2009

cornucopia


devo está errado, é uma cisma sem peia, algo da minha cabeça, afinal, reduzir o superavit primario tirando a petrobras da base de calculo nao é uma estratégia oportunista para liberar a caixa das gastanças, nao, é, antes o contrário, uma sensata decisao para evitar o agravamento da crise, afinal, transparencia e sincera competencia nao faltam ao governo e aos diretores da senhora do petroleo brasileiros, sessentona madura, ja atravessou a ameaça de concorrencia dos leiloes competitivos e dos precos liberados, agora quer voltar ao monopólio deslavado e pleno e ao controle de precos com cheque em branco para gastar, nao, eu devo está enganado, vejo pelo em casca de ovo, vejo castelo nas nuvens, poeira nas lombadas dos livros de macro sujeira nas criticas de lucas, vejo até mesmo a volta da insignia lugubre na calada da noite do planalto, tormento siberiano, isso passa na primeira lufada de danos ao poder aquisitivo real, ou do real, diriam uns, mesmo assim, precisava exorcizar essa duvida, afinal que poderes tem os ministros da fazenda no meio da tormenta, senao pregar o que ja estava no economia politica de meados dos cinquenta?!??

13 abril 2009

quinze minutos....

ainda nao chegou a hora de marcar o tempo em minutos, mas ha uma inquietacao no ar, sufocas o ar puro, com tuas pilulas de sabedoria, uma leitura inacabada do roterio da boa prosa, uma pressa de nao pegar onibus, uma luz ainda por apagar, sinais de calor no outono, vitimas fatais no transito, livro em capitulos a espera do escrevente, ser somente leitor e repudiar a praga solitária nos campus de solimões, maneirismos verbais, nada mais....

12 abril 2009

clausura


"Pois bem — usando da licença que me deu de aconselhá-lo — peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, — ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?” Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade." (Rainer Maria Rilke - Carta a um jovem poeta)

11 abril 2009

cenadoméstica

o breve dialogo entre o anaculeto e o doutor limpol, na saida do super:
segue firme o meu proposito de decodificar todos os passos da limpeza, em agua fria, dos instrumentos da mesa, uma por uma, as tacas e os pratos da festa serao revisados em cores e formas e alinhados em sitio apropriado, sequencia lógica e ritual preparatório, disparou o ansioso anaculeto, do outro lado, o doutor limpol mostrava-se distante e despreocupadamente evasivo, aboletado no carro de compras, mesmo assim, esbocou uma reacao, "use bastante espuma e nao esqueca de desligar a agua enquanto espalha os meus predicados na esponja, esponja essa que tem dois lados, um macio e de superficie menos resistente a friccao e outro mais apropriado para sujeira densa, crosta de fundo de panelas, e materiais mais sujeitos aos caprichos da força, quando calhar, apele para o meu primo, o palha de aco, ele ajuda no trabalho de restaracao do brilho e desbloqueio do trafego porém, o esseencial é distrair-se, esqueca o que está fazendo e acompanhe os encantos da espuma levemente alimonada, inebrie as narinas, discretamente, além disso, ajuda sempre, nesse processo de alheamento do lugar, uma boa música, mas tenha a paciencia de saber dividi-la com os inevitaveis barulhos da agua em pedra dura, velho ditado, mas de sentido apropriado para essa empresa..." Entendo, respondeu o ja euforico anaculeto, agora é só atender a pressao da hora ou ao chamado, nao menos inoportuno, das obrigacoes domésticas do fim de semana, palha, esponja, doutor limpol e uma sessao terapeutica para esquecer os dissabores da crise, a falta de tempo para leituras adiadas, a algebra dos hiperplanos separadores e a ida ao cinema grantorino, ou algo de sonoridade próxima...Perfeito, podemos começar, a ampulheta ja foi virada, e, se de todo nao funcionar, sempre podemos apela para quimica dos chocolates ou para o futebol no campo de pradaria agreste, ou algo mais forte para casos mais agudos de tédio.

10 abril 2009

Joyce, Hustons, e os dublinenses

noutrafreguesia


Belo Belo

Belo belo minha bela

Tenho tudo que não quero

Não tenho nada que quero

Não quero óculos nem tosse

Nem obrigação de voto

Quero quero

Quero a solidão dos píncaros

A água da fonte escondida

A rosa que floresceu

Sobre a escarpa inacessível

A luz da primeira estrela

Piscando no lusco-fusco

Quero quero

Quero dar a volta ao mundo

Só num navio de vela

Quero rever Pernambuco

Quero ver Bagdá e Cusco

Quero quero

Quero o moreno de Estela

Quero a brancura de Elisa

Quero a saliva de Bela

Quero as sardas de Adalgisa

Quero quero tanta coisa

Belo belo

Mas basta de lero-lero

Vida noves fora zero.

Manuel Bandeira (Petrópolis, fevereiro de 1947)

09 abril 2009

meditabundos- os sofistas e seus poemas


"o acrobat pdf que está sendo usado nao pode abrir uma pagina na web, feche-o para prosseguir na sua busca..." Mais ou menos assim deveria ser a pagina do policy maker, meu!!, teu modelo nao funciona, troca o programa ou procura algo compatível com uma economia próspera e dinamica, simples assim, não é, nunca será, mas valeria a pena buscar tal empenho, afinal que podemos nós depois das tantas decisoes erradas deles, os caras que tornaram a máquina pública insustentável no médio prazo? um colega tentou argumentar com a lógica do endividamento para atravessar a crise, algo como, nao tenho receita mas posso aumentar o passivo para azeitar a maquina de fazer dinheiro e recuperar as forcas da empregabilidade. Tao facil, quanto mudar de assunto no calor do debate e evitar uma rusga com pessoas amigas, mesmo no cenario improvavel de uma conversa de bar, nao funcionaria, agora imagina, quando o equivoco fiscal ja é uma realidade, melhor torcer para que a solucao externa seja rapida ...

08 abril 2009

Mutatis mutandis status quo ou algo do genero


no amago da questao reside a velha controversia que povoa a cabeca dos garcias e cias, como reverter a crise em oportunidade para cumprir a agenda do lider sindical radical? Paradoxos a parte, mudar o juros de instituicao bancaria como o banco do brasil por determinacao do presidente da republica é uma irresponsabilidade que vai gerar consequencias, sobre a instituicao, sobre a pratica democratica e sobre as contas publicas. Funciona, mais ou menos assim, um gestor público assume uma estatal e resolve baixar precos para atender a demanda demagogica do calendario eleitoral ou para aplainar a crise que se abate sobre economia, tudo isso por ato intempestivo e sem consulta aos custos reais, ao realismo fiscal e às contas e compromissos da instituicao que ate entao era publica, pelo menos era sustentada com dinheiro publico....vai o mal o que se anuncia, mistura de populismo com incompetencia continuada.

07 abril 2009

jogo dos sete erros...


TABACARIA (15-1-1928 )
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

05 abril 2009

lamentos de final de noite


"É como se enchesse minha cabeça de idéias, só não sei exatanente quais são." (in Aventuras de Alice, by Pinker, 2004)

04 abril 2009

porto alegre vermelha


Discurso na tribuna dos colorados:
sem saber o que dizer, caminho em direcao ao microfone, ha um clima de expectativa,afinal sao palavras ditas com emocao, mesmo sem querer, um pigarro, um morder de labios e um olhar perdido na multidao. "bom dia a todos, somos pela paz e acreditamos em contratos, bons amigos, na honra da palavra cumprida, nos vemos como quem sonha acordado, mirando o cavalheiro descendo a inclinada montanha em busca de conquistas e lutando em prol da boa causa, justica e trabalho, sem celebracoes, corremos os noventa minutos atentos e focados, dispostos a entregar a alma pelo resultado que nos glorifica, jogar bem, o belo espetaculo, de forma leal e com talento, privilegiando uma marcacao por zona e sempre valorizando o passe, a esgrima, a bela bola passada com elegancia e um drible sem piedade no adversario e na adversidade, nao reclamamos do juiz, somos virtude e sonho, esperanca e folego, sem discriminacao de cor, classe ou opcao sexual, vencemos porque acreditamos no que fazemos, lutamos pelos menos favorecidos, mas incentivando os mais criativos, brilhantes e talentosos, nosssos gols sao de placa e nossas faltas, sim cometemos faltas, obedecem ao principio da lealdade e da defesa de nossas conquistas, nosso adversário nao é um inimigo a ser abatido, é um aprendiz que deve ser goleado pelo irresistivel toque de bola e pela determinacao das boas causas. Mesmo agora que as pedras ainda insistem em rolar...parabéns!!!