29 março 2009

O melhor jogo do ano....



o gol do nilmar lembrou que ainda podemos sorrir, apesar das anedóticas noticias da corte, do senado em tiras, da faixa azul nos olhos do presidente que sofre de asia literária, da falta de chuvas regulares nos pampas, das dores abdominais e da falta de recursos para universidade pública, do bolsa familia, que não é bolsa, não muda a realidade local e empurra para debaixo do tapete a dignidade humana, além de manter intacta a armadilha de pobreza de regiões inteiras do país...mesmo assim, o "ópio do povo" ainda precisa de talentos e esse gol lembra que ainda podemos sonhar.

28 março 2009

27 março 2009

blue eyes....



meus avós pedem desculpas, afinal, nao desejaram que , seus/meus/teus, nossos olhos, blues no céu, infelizmente, também ele, azul, compusessem, tamanha peça de constrangimento e pilhéria, meus ouvidos, indignadamente, blues, sucumbem diante de tamanha, insólita e dantesca noite, meus dedos de tão roxos ficaram azuis, como os olhos do léo, como a viga que sustenta a torre baixa do parlatório, alienados, os azuis, saem à coleta dos carros na esquina democrática, porque existem, os dias azuis, impossibilitam a vida soberana, azul e plena de alegrias.

segundo o excelentissimo, eis o culpado pela crise...

26 março 2009

tempos idos...


"Restringir importacoes ou subsidiar a produção nacional acaba por elevar as despesas para os consumidores e para quem paga impostos. Isso deixa a populacao com menos dinheiro para gastar na compra de bens e serviços.
Devemos manter nosso compromisso com o livre mercado e continuar a trabalhar para .... Acredito firmemente que as economias baseadas no livre mercado oferecem melhorias reais no padrão de vida das pessoas. Seria um erro grosseiro desisitir desse modelo apenas por causa da crise econômica." Gordon Brown, 25/03/2009.

23 março 2009

dor(mias)


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade

21 março 2009

by aigor




tédio, tuas referências nao permitem escapar da loucura convencional, entao, resignadamente franco, soletramos, física a tua matemática é pura e real...

boa noite

20 março 2009

xilogravuraras


nesse dia, irrompe, pelo cano senil, a popularidade do mister lugar comum, não que já não fosse esperada, ansiedade em toldos, a ombreira já posta na bursite do mago, dizia dessa hora, dessa expectativa, o mundo das coisas pequenas, sombrio e parvo, sucumbe diante da crise e, a idéia, reforçada pela necessidade, espera o dia que teremos uma lida sem a marcação pesada e maçante da excessiva carga, tributárias, ás vezes mimetizada pela ignorância dos negócios da república dos tiranos, agora não, outras vagas sopram nas costas das terras de além mar, colônia tardia do meu sonho, destino de esperanças, afinal o discurso sóbrio e sem palavras de improviso, rumo e destino, um e outro, nas nossas ilhargas, cheias de contras a receber, viva a queda da popularidade do lugar comum, chega de urdidores de chavões, chavecos, chaves de cópias sem portas, vulgo, o que queres é poder....


18 março 2009

poemimesado


Sempre evitei falar de mim,

falar-me. Quis falar de coisas.

Mas na seleção dessas coisas

não haverá um falar de mim?


Não haverá nesse pudor

de falar-me uma confissão,

uma indireta confissão,

pelo avesso, e sempre impudor?


A coisa de que se falar

até onde está pura ou impura?

Ou sempre se impõe, mesmo impura

- mente, a quem dela quer falar?


Como saber, se há tanta coisa

de que falar ou não falar?

E se o evitá-la, o não falar,

é forma de falar da coisa?

João Cabral de Melo Neto

17 março 2009

tarde na noite

dia sem glórias, não que o contrário seja significativo, mesmo porque essa distribuição tem feições normais, mesmo assim, a informática poderia ter funcionado melhor, eu poderia ter seguido os princípios básicos da retórica e deixado passar o palpite infeliz sobres os juros, afinal, tudo no Brasil é culpa dos juros mais elevados od mundo, enfim, uma trajetória sem a sabedoria dos manuais, sem a companhia da noção elementar dos eclesiáticos. Como consolo, a boa fase do colorado, o bom humor dos guris e a academia na esteira da dona da casa, no mais desliga isso...

14 março 2009

da curvatura da luz...


Ao fazer do combate a crise, uma peça de artilharia ideológica, o governo federal acaba afundando os microfundamentos da economia, colocando em risco, dessa forma, aquilo que busca preservar. Ou seja, uma trajetória de crescimento equilibrado. No atual debate, lamento muito, não há espaço para amadorismos e para discursos midiáticos pregando o juros de um só digito como a panacéia da sequela da sequela dos males de até entao e que, por conseguinte, desautonomizando o banco das moedas, teremos a redenção e uma passagem mágica para o pós crise, não funcionará, não captas, diria o pai de um amgio meu...Não há evidências diria o cético, o sol pode dobrar a luz, mas precisas provar a tua hipótese, como fez o fotografo do eclipse do sol de 1919. Aliás, "se a hipótese não admite teste, não é ciência, é ficção cientifíca"(anônimo)

No outro front as viúvas de furtado estão com as manguinhas de fora tentando recuperar o efeito biológico das águas vivas que depois de mortas, rejuvenescem as células e rumam para imortalidade, vamos com calma, nem o grêmio é imortal, nem o jonas é jogador e, muito menos o que foi furtado será recuperado, como quer fazer crer o filme-docunetárioapologético e de culto a personalidade, e como o próprio epiteto indica, de gosto duvidoso...

poesia na tarde


Os Meus Livros
(Jorge Luis Borges, do livro A rosa profunda)

Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim.
As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.


(xxx)


JAMES JOYCE
(J. L. Borges, do livro Elogio da Sombra, 1968)

Em um dia do homem estão os dias
do tempo, desde aquele inconcebível
dia inicial do tempo, em que um terrível
Deus estabeleceu os dias e agonias,
até esse outro em que o onipresente rio
do tempo terreno retorne à sua fonte,
que é o Eterno, e que se apague no presente,
o futuro, o ontem, o que agora é meu.
Entre a aurora e a noite está a história
universal. Da noite vejo
a meus pés os caminhos do hebreu,
Cartago aniquilada, Inferno e Glória.
Dai-me, Senhor, coragem e alegria
para escalar o cume deste dia.
J. L. Borges.


12 março 2009

Crônicas



" Governantes, os bons e esforçados, viram objeto de ódio de adversários cujo o interesse não é o bem da comunidade, estado ou país, , mas o insulto, o desrespeito, a violência moral do pior nível. Aliás, nesses casos o nível não importa, o que importa é destruir.

Eis o paraíso dos transgressores: a lei é a da selva, a honradez foi para o brejo, decência tem que ser procurada como fez a séculos um filosófo grego: ao lhe indagarem por que andava pela cidade com uma lanterna acesa em dia claro. declarou: `procuro um homem honesto`. " (Lya Luft, 11/03/2009, Veja, p. 22)

11 março 2009

termonautas


para guardar, mesmo sem querer, entender


"Nos últimos anos, o governo brasileiro aumentou muito o gasto público com despesas que não podem ser reduzidas. Aumentou salários de funcionários, criou fórmulas de ajustes de salário mínimo que impactam fortemente a Previdência, contratou 200 mil novos servidores. Isso, agora, reduz a capacidade de ampliar os investimentos públicos para reduzir o impacto da crise." (Miriam Leitão)

10 março 2009

espetáculo do crescimento


a julgar pelo realismo dos números divulgados hoje, estamos em uma recessão crônica e sem uma alternativa viável para sair do atoleiro. A sensação, digo sensação porque nao consigo acompanhar o debate sobre conjuntura econômica, é a de que fomos enganados até agora. Inicialmente tinhamos um ufanismo mal disfarçado que vibrava com a crise e apostava nas nossas receitas caseiras para dar uma lição no mundo, compreendendo-se como mundo a economia americana, depois veio o entendimento das vagas maritimas numa metafóra infeliz e sem conteúdo, por fim, bem, não é o fim, mas o prenúncio, a divulgação dos dados do último trimestre de 2008, vergonhosa realidade que os ministros esconderam da população em geral e do debate, prometendo crescer em 2009 acima dos 3%, quase 4%, discurso de palanque com uma candidata prometendo houses-free para mulheres, dinheirama do bndes para as prefeituras e a petrobras bancando o salva-vidas de usineiros. Seguir por esse caminho é morte certa do bom senso, da vida econômica e da capacidade de sair da crise com dignidade.

08 março 2009

Jazz



em tempos de tantas convicções surradas pelo obtuso ângulo da mesmice ideológica, um pouco de música para recuperar o estado de espirito...

Experimento controlado


06 março 2009

Especiarias de Goa


"Usando o exemplo da Índia nas últimas duas décadas, nós argumentamos que inovação e/ou crescimento da produtividade tem sido o principal motor da redução de pobreza naquele país. Nós também argumentamos que a nova teoria do crescimento pode jogar luz sobre aquele processo. Além do mais, isso também pode explicar porque crescimento e redução da pobreza não tem ocorrido na América Latina." (Aghion, P. & Aghion, B., 2004)
(...)

"3 ideias principais das novas teorias de progresso tecnológico endógeno:
1) Crescimento de produtividade é inicialmente dirigido pela taxa de inovação tecnológica, na forma de novos produtos, novos processos e novas maneiras de organizar a produção.
2) A maior parte das inovações são o resultado de atividades empreendedoras e de investimentos, por exemplo, investimentos em R & D , os quais envolvem risco de experimentação e aprendizado.
3) O incentivo a engajar-se em investimentos inovadores é, ele mesmo, influenciado ou afetado pelo ambiente econômico."(Aghion, P. & Aghion, B., 2004)