no altiplano a vida segue o seu ritmo, trafego intenso na rota dos pardais, o fan e suas grotas ainda encantam, as flores amarelas contrastam com o verde lugar-comum, saudades dos brejos, de pastos intermitentes, no volante o bip da cartografo, vire à direita para nao perder o rumo, subida ingreme na volta, cuidado caminhao de carga na autopista, mesmo no escuro seria possível descer o vale, sem medos, apenas com a cabeça voltada para o projeto de pesquisa ou para o projeto de país, figuras empalhadas na prateleireira de livros, flautas doces de leves compassos, mozart, vivaldi e à capela o barbeiro de sevilha, na manha seguinte uma leve ancofarada lembranca de monet, uma alusao ao tgv tropical, seriam rápidas as viagens, mas sem sal, sem a parada para uma torrada na convergencia dos onibus, sem uma minima nocao da cultura local, apenas o monolítico ser perseguindo paisagens em alta-velocidade, melhor seria pararmos o tempo e continuarmos bachianamente em oboés e metais preciosos, as pedras do lugar também seriam do planalto do norte, línguas misturadas de culturas presentes, quase nao consigo entender enquanto capeleteanamente aqueco so pés, amanha voltarei, cansado e sem voz, mas conversei com as pessoas do local sobre a moeda e seus cuidados, sobre inclusao social e sobre a figura emblemática dos contratos, nenhuma pergunta, muitos emails, algumas palavras de agradecimento e a volta para o cerro setentrional.