o palpite sugerido pelo título é linear e reporta ao passado, ao debate do passado, aquele no qual sempre perdemos porque fizemos escolhas equivocadas, atalhos só fazem sentido na diagonal e para quem tem uma visão geral das possibilidades, não é o nosso caso. Temos um governo fraco, sem uma interpretação razoável do que está acontecendo, e mais, um governo ambicioso por poder e por votos, disposto a tudo para jogar para a torcida. Os primeiros convidados para uma reunião improvisada, foram os empresários, depois virão os sindicalistas, a tal da base aliada, as igrejas, (quase escrevi a igreja no singular, para ser fiel ao ambiente nostálgico, talvez) e por ai vamos, de reunião em reunião. Nada de concretou ou importante é definido ou discutido nessas reuniões, gasta-se uma fortuna em passagens, diárias, deslocamentos e uma fábula em custo de oportunidade, tudo para construir o consenso burro, que no Brasil de hoje tem nome e até um refrão, se quisermos: "contra desindustrialização, desvalorização, o real é o que importa". No fundo, a estratégia já está definida, o governo vai intervir no câmbio e usará como escudo para as consequências as tais reuniões onde foram tecidos os nós que nos prendem ao passado e, o que é pior, à mesma trajetória que nos trouxe até aqui. Estado e setor privado, lentos, atrasados, pesados, siameses na corrupção e no privilégio, um país de excluídos, sem mobilidade efetiva e que flerta com o autoritarismo e com o populismo. Todas as expressões e adjetivações são passadistas, como a política econômica do governo que ainda não começou e que talvez nunca acabe. Triste sina!