Na cabine de comando improvisada o remador suava, enquanto fazia os primeiros contatos com a rede imaginária que pousava e decolava em aeroportos virtuais, mundo a dentro, sem uma túnica, sem os protocolos bossais da partida, decolava rumo ao próximo aeropago, ritmo caleidoscopico,
nao se perca, dizia a mensagem implicita traduzida do alcorão, o joy stick, ou algo do gênero era vagarosamente impulsionado rumo ao próximo destino, depois mais uma série de procedimentos mecâncios eram seguidos a risca para alcançar altitude, manter rota de cruzeiro, estabilizar, sem esquecer a ladainha traduzida macarronicamente: "senhoras e senhores, ja não temos mais controle dos nossos destinos e tudo pode acontecer, inclusive um pouso suave na nossa próxima escala acompanhada de uma volta para o lugar comum, cuidado, esse lugar comum não apresenta riscos de não retorno, portanto, apertem os cintos e relaxem os dedos dos pés e das mãos". Alguns contatos pelo rádio depois, uma longa tensao improvisada, enquanto aguarda a licença para pousar, e incia-se a técnica de pouso, mais sofistificada, exige do timoneiro análise gráfica, algum sentido de cálculo e direção, concentracao e precisão no uso dos instrumentos, em todos os casos, pouso e decolagem, apenas simulamos, se possuirmos essa capacidade, ótimo, podemos testar um pouso forçado, de barriga, uma derrapagem sensasional, agora, se é pra valer, por favor, nao se perca...