a retórica funciona, mas o olhar atento, seria mais cauteloso. Países não são justos ou injustos, são construtos apenas para indicar arranjo político histórico ou outra coisa qualquer, mas não decidem, escolhem, não tomam decisões enfim. Uma maneira mais honesta de abordar as nossas injustiças seria falarmos das nossas regras, das nossas instituições ou do que aceitamos como dado sem controvérsias e que acabam promovendo desigualdades de oportunidades reais e promovem inclusões precárias, insatisfatórias, portanto. Alguém já fez essa lista das nossas injustiças, mas talvez possamos lista-las, como vemos, ou melhor, como nos acorre:
1. Ensino público gratuito para crianças
2. Sistema Único de Saúde
3. Universidades públicas federais
4. Postos públicos de saúde
5. Previdência pública
6. Programas de transferências de renda
7. ICMs
8. Subsídios do BB, CEF e BNDEs
9. Infra-estrutura pública em geral: esgotos, estradas, portos, rodoviárias, aeroportos, etc
10. Hospitais públicos e pronto-socorros
11. Congresso Nacional....
o público ai não é ideológico no sentido mais rasteiro, é apenas uma triste constatação, o que deveria equilibrar as nossas dificuldades e atenuar as nossas desigualdades acabou colocando-nos numa armadilha de desigualdade e prendendo-nos num equilíbrio de injustiças perpétuas. O Brasil do título, poderia ser o Estado.
01 maio 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário