Na véspera de mais um certame o gaudio rever a prancheta onde havia anotado o indecifrável ardil, mesmo uma rua sem saída deve possuir possibilidades de fuga, rituais são previsivéis, mas atuam como uma linha imaginária que separa as estações de rádio ou do tempo, tanto faz, afinal a rua continua a mesma, sem saídas...O verbete na enciclopédia nao revela muita informação nova, apenas descreve as passagens que pontuam a evolução ou a saga ou a biografia de um certo lugar ou cidadão, nao há uma interpretação ou um diálogo com o sentido exato ou inexato, melhor seria, com a rede de intrigas que definem adequadamente o que Marledof sofria quando abanou Sônia à sua própria sorte no corredor da miséria. Há um psicologismo que não consegue entender uma doença orgânica, apenas. Sem querer, começava, o próprio, a conjecturar sobre as saídas do emaranhado que já vem "tecido" ou emaranhado,afinal reside no resíduo a lógica dos caminhos, mesmo os que dissecam a trajetória nao conseguem antecipa-la, advinha-la já é um acaso, voltamos aos ruídos brancos, página por página, a força da física newtoniana ainda conforta a mente que antecipa a queda dos artefatos em movimento, força, proporção, distância, eventos corpóreos que jogam dados, como na mente do velhinho de olhos e línguas soltos.
04 março 2006
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