12 setembro 2008

harmonia...amônia, quase anônima

o professor vai ao piquete, atravessa a poça d´agua em cima de uma estaca de madeira de lei, ruas sem numero, escuras e em lamas, uma certa dose ácida de urina animal no ar, frio e chuva no caminho, ao entrar na cabana de madeira é recebido com a reverência dos humildes, sem empafia, bebe-se cerveja enquanto a harmonia, (ou seria amônia?), do parque começa a tomar forma, lugar nenhum para calar, ouve-se relatos de violência urbana e da precariedade da assistência à mulher agredida que tem que voltar para casa com o mesmo talho na cabeça e com o alentado, porém ainda insatisfatório, boletim de ocorrências na mão, depois de alguns copos e muita carne no espeto corrido, mais um tema amargo com os membros da comunidade local, o professor, cidadão de muitas inequações, já não sabe responder o óbvio...o impressionante é que não consigo lembrar de ter ficado tão à vontade em uma primeira visita...

Nenhum comentário: