09 outubro 2008

a irresístivel cor

em tempos de crise o ideólogo de plantão só consegue registrar o que favorece a sua crença, olha para as nuvens e ver, antever, o fim do capitalismo e a mudança de paradigma, como confirmação da sua temerária ilusão, cita a biblia e outras peças sagradas da liturgia obreira e tenaz de sua religião. Mesmo sendo, reconhecidamente, precários e limitados, não tem escrupúlos em usar seus modelos teóricos para comemorar a crise, porque isso justificaria uma interpretação parcial e equivocada da realidade. Exigir bom senso e humildade para quem se considera salvador do mundo e que ver na prática messiânica a licença para matar, prender, corromper e evocar poderes eternos sobre a turba, seria uma ilusão tão grave quanto os diagnósticos de fim dos tempos que temos visto na província, mas fica o registro, são torpes e notadamente insuficientes esses diagnósticos oportunistas e meramente ideológicos. Reconheço também que vale o mesmo para a outra parte, supor que o sistema é aberto e que isso por si só, garantirá uma saída indolor da crise de confiança é também fazer uma aposta meramente ideológica. è necessário sim uma ação coordenada dos bcs e uma mudança profunda no marco regulatório e evitar que a tormenta vire uma crise sistêmica global....

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