28 fevereiro 2009

mundo s.a


"A lateral esquerda é um problema mundial." (Comentarista da ESPN-Brasil, 28/02/2009)

"O que temos agora é um orçamento no qual se pode crer.(...)eu, pelo menos, acho dificil que o governo federal consiga cumprir suas obrigações de longo prazo sem elevar pelo menos um pouco os impostos sobre a classe média." (Krugman, NYT, 26/02/2009)

"Ainda que os governos desejem evitar a estatização de entidades financeiras insolventes, os mercados estão mais e mais convictos de que possivelmente já não existe alternativa menos custosa."(George Magnus, consultor econômico do UBS)

"Estatização, em minha opnião, é quando o governo toma o controle do banco, zera as posições dos acionistas e começa a administra-lo e a dirigi-lo. Não planejamos nada parecido. Acredito que este debate sobre estatização esteja girando em torno de considerações equivocadas." (Ben Bernanke, presidente do FED)

25 fevereiro 2009

Feriado prolongado, eufemismo para carnaval...

novamente, como nos últimos 14 anos, um carnaval em poa, nada como uma referência clássica, contraditório em termos, o melhor seria assumir a cidade como o retiro ideal para quem foge da folia, ou o que quer que isso signifique. No meu modo particular de ver as coisas, aprecio a falta de opções da cidade e a calmaria em torno dos bares, cinemas, teatros e campos de futebol, tempo bastante propicio, aliás, para bater pernas no corredor de ônibus da perimetral, mas o que ficou desse período foi um pouco de lógica matemática, o copão e os parceiros que somadas as idades nao chegavam aos 45, a expectativa com os próximos exames, mais uma endo, a visita ao novo centro de compras que, sinceramente, nao acrescenta nada à vida literária da cidade, o fim do capítulo digitado de incerteza, uma introdução, algumas ferramentas gráficas, a frustração com os ingressos esgotados do indiano oscoraziado - quem quer ser miliónario na mombain de deus, se a produção fosse inglesa o meireles teria obtido o mesmo destino, mas isso são outros trocados - e com o pífero desempenho do time do tite, naquele dia, o sol inclemente comprometeu os estudos da segunda, enfim, mais um carnaval na terra do não carnaval, esse, certamente, não vai deixar saudades e tem cara de ser um forte apelo para interromper a sequência em poa...

24 fevereiro 2009

do livro das citações


"A seleção natural é o relojoeiro cego, cego porque nao antevê, não planeja as consequências, não tem um objetivo em vista. No entanto, os resultados da seleção natural impressionam-nos irresistivelmente pela sua aparência de concepção, como se houvesse um relojoeiro cego, dão-nos a ilusão de concepção e planejamento." (Richard Dawkins,1986, p. 39 da tradução portuguesa)

21 fevereiro 2009

Bacoletradas


sem provas, só polvoras, vestes a túnica da dor em nome de interesses obscuros, minotauros sobrevivem na mídia, estratégias do édipo em pouse de rei, socorrem os protozoários, os mesmos que anotam na praça da estação o último batuque. Temporais em alto mar, sonhos por desafiar, miméticas sombras, das sombras, obtusos inflamam o ódio, em nome de...

18 fevereiro 2009

Populismo na AL


Folha de São Paulo

Lula não desce do palanque
Ferreira Gullar
MINHA GENTE, estou a cada dia mais perplexo com a performance do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Não que ele tenha mudado essencialmente; nada disso, ele se comporta assim desde o primeiro dia de governo: não desce do palanque.

Às vezes me pergunto se minha crescente perplexidade decorre dessa sua insistência que já dura sete anos ou de alguma outra coisa.

Acho que são as duas: por um lado, já não aguento ouvi-lo falar pelos cotovelos, gesticular e postar-se como um ator num palco e, por outro, percebo-o cada vez mais à vontade para dizer o que lhe convenha, conforme o momento e conforme o público.

Sem nenhum compromisso com a verdade e com a postura de um chefe de Estado.

Ele não se comporta como chefe de Estado. Fala sempre em termos pessoais, ou louvando-se a si mesmo sem qualquer constrangimento ou acusando alguém, seja a imprensa, seja a oposição, sejam as classes ricas, sejam os países ricos.

Estão todos contra os pobres, menos ele que, felizmente, assumiu o governo do Brasil para salvá-los, após quatro séculos de implacável perseguição.

Do Descobrimento até 2003, ninguém sabe como o Brasil conseguiu sobreviver, crescer, chegar a ser a oitava economia do mundo, sem o Lula!

Só pode ter sido por milagre ou qualquer outro fator inexplicável.

A verdade é que, apesar de tudo, o país resistiu até o momento em que ele, Lula, chegou a tempo de salvá-lo.

Isso ele afirma com uma veemência impagável, como se fosse a coisa mais óbvia e indiscutível do mundo.

Sem rir, o que é mais surpreendente ainda, diante do olhar espantado de favelados, trabalhadores, funcionários públicos, aposentados.

Já quando o público muda, ele também muda o discurso. Se fala para empresários, banqueiros, exportadores, a conversa é outra.

Mostra-se preocupado com o crescimento da economia, com o apoio do BNDES à iniciativa privada e chega mesmo a admitir que sem os empresários o país não cresceria. E o balanço de final de ano mostra que os bancos realmente nunca ganharam tanto dinheiro como durante a gestão presidencial do fundador do Partido dos Trabalhadores, que se dizia inimigo número um deles.

Joga com um pau de dois bicos, mas dá certo. Diz uma coisa para os pobres e o contrário para os ricos, mas dá certo.

Tanto que a sua popularidade cresce a cada nova pesquisa de opinião. (cresce mesmo?)

Na última delas, o índice de aprovação de seu governo alcançou mais de 70% e a dele, presidente, mais de 80%.

Ele fala, fala, fala, viaja, viaja, viaja; o resto do tempo faz política. Há uma cumplicidade esquisita: Lula finge que governa, e o povão finge que acredita.

Mas, infelizmente, os números da estatística não conseguem cegar-me. Pelo contrário, ao ver tamanha aprovação a um presidente da República, que busca deliberadamente engazopar a opinião pública, preocupo-me. Para onde estamos sendo arrastados? Até quando e até onde conseguirá Lula manipular a maioria dos brasileiros?

Essas considerações me ocorreram ao ler o discurso que ele pronunciou, no Rio de Janeiro, na favela da Mangueira, ao inaugurar uma escola.

De ensino não falou, claro, já que não lê nem escreve. Anunciou a intenção de usar prédios públicos desativados como moradia de sem-teto.

E aproveitou para mostrar como os ricos odeiam os pobres: disse que os ricos da avenida Nove de Julho, em São Paulo, não querem deixar que gente pobre venha morar ali, num prédio público desocupado. "Mas nós vamos colocar, porque a moradia é um direito fundamental do ser humano."

Palmas para ele!

Nessa mesma linha de discurso para favelados, defendeu as obras do PAC, afirmando que a parcela mais pobre da população é que será beneficiada, e aduziu: "Quando a gente faz isso, perde apoio de determinada classe social, porque gente rica não gosta que a gente cuide muito dos pobres".

O discurso, como sempre, é atrapalhado mas suficientemente claro para que a mensagem seja entendida: os ricos odeiam os pobres, que só contam com Lula para protegê-los. A conclusão é óbvia: se o Lula é o pai dos pobres, quem se opõe a ele certamente os odeia e ama os ricos.

Assim como se apropriou de tudo o que antes combatera, improvisou o tal PAC, um aglomerado de projetos pré-existentes de empresas estatais, governos estaduais e municipais, que vai desde o pré-sal até a ampliação de metrôs e o trem-bala.

Mas o investimento do governo federal é de apenas 0,97% do PIB, menos do que investiu FHC em 2001. Se tudo o que está ali é viável ou não, pouco importa, desde que sirva para manter Lula e Dilma sob os holofotes.

15 fevereiro 2009

Momentos...



“Quem expressa esse desejo de mais soldados? Meu primo Westmoreland? Não, meu simpático primo; se estamos destinados a morrer, o nosso país não tem necessidade de perder mais homens do que nós temos aqui; e, se devemos viver, quanto menor for o nosso número, maior será a parte da honra para cada um de nós.Pela vontade de Deus! Não desejes nem mais um homem, te rogo! Por Júpiter! Não sou avaro de ouro, e pouco me importo se vivem às minhas expensas: pouco me importa que outros usem as minhas roupas: essas coisas externas não encontram abrigo entre as minhas preocupações. Mas se ambicionar a honra é pecado, sou a alma mais pecadora que existe. Não, por fé, não desejes nenhum homem mais da Inglaterra. Paz de Deus! Não quereria, pela melhor das esperanças, expor-me a perder uma honra tão grande, que um homem a mais poderia talvez querer compartilhar comigo. Oh! Não anseies por nenhum homem a mais! Proclama antes, através do meu exército, Westmoreland, que aquele que não for com coração à luta, poderá retirar-se: dar-lhe-emos um passaporte e poremos na sua mochila algum dinheiro para a viagem; não queremos morrer na companhia de um homem que teme morrer como companheiro nosso.O dia de São Crispim: este dia é o da festa de São Crispim; aquele que sobreviver a este dia voltará são e salvo ao seu lar e colocar-se-á na ponta dos pés quando se mencionar esta data, ele crescerá sobre si mesmo ante o nome de São Crispim. Aquele que sobreviver a este dia e chegar à velhice, cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: "Amanhã é dia de São Crispim". E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: "Recebi estas feridas no dia de São Crispim."Os velhos esquecerão; mas, aqueles que não esquecem tudo, lembrar-se-ão todavia, com satisfação, das proezas que levaram a cabo neste dia. E então os nossos nomes serão tão familiares nas suas bocas como os nomes dos seus parentes: o rei Harry, Bedford, Exeter, Warwick e Talbot, Salisbury e Gloucester serão ressuscitados pela recordação viva e saudados com o tilintar dos copos. O bom homem ensinará esta história ao seu filho, e desde este dia até o fim do mundo, a festa de São Crispim e Crispiano nunca chegará sem que venha associada à nossa recordação, à lembrança do nosso pequeno exército, do nosso bando de irmãos; porque aquele que verter hoje o seu sangue comigo, por muito vil que seja, será meu irmão, esta jornada enobrecerá sua condição e os cavaleiros que permanecem agora no leito em Inglaterra considerar-se-ão como malditos por não estarem aqui, e sentirão a sua nobreza diminuída quando ouvirem falar daqueles que combateram convosco no dia de São Crispim."

13 fevereiro 2009

breakdown


Breakdown

Let me hear it now

Breakdown

Let me hear it now

YeahBreakdown

Let me hear it now

Breakdown

Let me hear it now

Get down with yo' bad self

Alright

Guns N' Roses


Não, essa não é uma definição precisa, exata, apenas serve [ela, a expressão] como referência para o episódio, dores abdominais, a mão espalmada sobre o foco da dor, cabeça no volante e um estampido, seguido de uma sequência de abarroamentos, felizmente, ninguem saiu machucado e o prejuizo atende por conta bancária sem fundos, mas essa ja é uma companheira mais persistente, enfim, pode-se atribuir ao acaso a velocidade de trinta quilômetros ou menos, mas na realidade a sinaleira induziu o freio que por inércia potencializou a força das batidas, efeito dominó, seria também uma boa analogia, apesar da crise gástrica, é impossível não lembrar da outra crise, mais séria e com um percurso de quebras com vítimas em maior número e, algumas, fatais, no meu caso, voltando ao umbigo, fonte e origem de quase tudo na vida, o entendimento da sequência ainda depende de uma memória capenga, mesmo sem perceber, sabe-se a sequência e a causa provável, o que, voltando a outra crise, nos obriga denunciar todos keynesianismos, principalmente aqueles acompanhados de política monetária frouxa, ambos, serão incapazes de deter o breakdown e potencializarão o efeito da crise, ou da batida, no meu caso....

09 fevereiro 2009

os paradoxos e suas crises

Empresas vão sofrer uma acentuada queda nas suas receitas, negócios vão ser interrompidos, o volume das vendas sofrerá uma redução drástica. O impacto social desses fatos é imediato: queda do emprego e da renda, atingindo principalmente as famílias de mais baixa renda. Nessas circunstancias, o que você faria?
Essa é a lógica dos desdobramentos da crise e que tem um impacto direto na sociedade e na contabilidade empresarial. Nessas condições, do ponto de vista das empresas, seria melhor segurar despesas, arrumar a casa, aumentar a eficiência e cortar gorduras. O setor público, aparentemente, segue uma lógica um pouco distinta, afinal é tentador pensar que Estados não quebram inteiramente, ao contrario das empresas, que, se não honram seus compromissos, podem ir a bancarrota, essa é a sua lógica.
Contudo, essas diferenças são menos reais do que imaginamos. Ao endividarem-se os governos acabam comprometendo gerações futuras, pois o financiamento da divida será feito através de novos impostos, pressão inflacionaria, aumento de juros ou uma combinação desses três fenômenos. Ao promover gastos irreais para as receitas os estados acabam por cobrar a conta da sociedade como um todo e da iniciativa privada em particular o que pode retardar a recuperação do emprego, da renda e das empresas em crise. Infelizmente, a pergunta incial continua valendo, como resolver a crise de confiança nos mercados sem algum deus ex-machina?

01 fevereiro 2009

Leituras



"in single-person decisions, greater freedom of action can never hurt. But in games, it can hurt because its existence can influence other player´s actions." (p. 43)