Empresas vão sofrer uma acentuada queda nas suas receitas, negócios vão ser interrompidos, o volume das vendas sofrerá uma redução drástica. O impacto social desses fatos é imediato: queda do emprego e da renda, atingindo principalmente as famílias de mais baixa renda. Nessas circunstancias, o que você faria?
Essa é a lógica dos desdobramentos da crise e que tem um impacto direto na sociedade e na contabilidade empresarial. Nessas condições, do ponto de vista das empresas, seria melhor segurar despesas, arrumar a casa, aumentar a eficiência e cortar gorduras. O setor público, aparentemente, segue uma lógica um pouco distinta, afinal é tentador pensar que Estados não quebram inteiramente, ao contrario das empresas, que, se não honram seus compromissos, podem ir a bancarrota, essa é a sua lógica.
Contudo, essas diferenças são menos reais do que imaginamos. Ao endividarem-se os governos acabam comprometendo gerações futuras, pois o financiamento da divida será feito através de novos impostos, pressão inflacionaria, aumento de juros ou uma combinação desses três fenômenos. Ao promover gastos irreais para as receitas os estados acabam por cobrar a conta da sociedade como um todo e da iniciativa privada em particular o que pode retardar a recuperação do emprego, da renda e das empresas em crise. Infelizmente, a pergunta incial continua valendo, como resolver a crise de confiança nos mercados sem algum deus ex-machina?
Nenhum comentário:
Postar um comentário