13 setembro 2009
telúdio
estilo, obra do acaso, não denuncias quem te procura, mas revelas tudo aos que sabem e não procuram, apenas, conservo a impaciência dos números, a curiosa procura por novas palavras, no meio da livraria a lembrança do café do outro lado da calçada, a inclinada rampa do fio, a corda que estica a lamina d´agua, das nuvens o recado sombrio, tornas a especular com o tempo da espera, voltas os teus olhos para o passáro da angústia, mesmo que as cadeiras na, agora remota calçada, não saibam dizer dos amigos no bairro salvadorenho, da praça das casas coloridas, da harmonia da lama entre cavalos, o passáro, refém da chuva, espera na caixa postal, apoia-se no cano de recolher jornais que nao chegam, vítimados pelo tempo, partem sem cafés, sem livros, sem ouvir o último refrão dos bico de agulhas, mimetizados entre carros, silenciam...
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Carl Fabritius
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