a expressão do título é uma especie de jargão de ocasião do tipo que nada diz, tudo esconde. O uso mais recente desse clichê de botequim, foi cometido pelo articulista do jornal folha de São Paulo ao discorrer sobre os efeitos danosos do baixo crescimento da economia em 2012 e ao comentar a suposta afirmação dos assessores da presidência "tem,[o baixo crescimento de 0,9%] segundo assessores presidenciais, "efeito psicológico" negativo para as expectativas, além de dar munição à oposição."(aqui). O equivoco do articulista é a alusão a expectativas movidas por efeitos psicológicos positivos ou negativos, aliás, nem mesmo análises sob incertezas são movidas por tais efeitos, ao olhar para o futuro não o fazemos movidos por achaques da psique ou coisas desse teor, agentes racionais ou quase, olham para o enredo e tecem previsões e expectativas a partir de coisas reais, não é o desempenho do PIB em si que derruba expectativas, mas sim, a constatação real de que a politica econômica e os discursos, decisões e opções tomadas pelos lideres do governo ai incluso a líder máxima forjada pelo presidente anterior, não inspiram confiança de que caminhamos para um arranjo de negócios, confiável, acreditável, crível e factível para retornos e sucessos...o resultado do PIB apenas confirma o que já antecipávamos em expectativas, baixas expectativas que mudam sim o comportamento estratégico dos agentes econômicos em relação à correr riscos e investir no presente. O conserto desse nó só ocorrerá se o governo trocar o discurso e toda a equipe econômica, mesmo que o articulista da folha jamais entenda o que se passa...
02 março 2013
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