"Não acredito que seja possível esse país ser dirigido sem essa visão de compartilhamento e de coalizão."(presidente Dilma, aqui) este parecia ser um sinal inequívoco de amadurecimento político, o partido da presidente, que sempre criticou as alianças da oposição, finalmente assumiria, publicamente, que estava errado o tempo todo e que a avaliação geral de que seria possível governar sem alianças importantes com partidos de centro-direita e centro-esquerda era, portanto, apenas um discurso juvenil, adolescente e irresponsável.
Contudo, nem isso podemos comemorar, passados dez anos no poder, as expectativas de mudanças e do novo na pratica politica brasileira foram completamente frustradas com mais esse ato, ministros inexpressivos, pastas esvaziadas e uma posse sem discursos, não há ilusão aqui, alem de um projeto desenvolvimentista do século passado para o país, que tem um caráter nítido de retrocesso e de estagnação econômica e de desprezo por virtudes econômicas importantes, o partido da presidente reproduz as mesmas praticas fisiológicas de troca de favores e de usar o espaço e os imensos recursos e poder econômicos da governabilidade apenas para sustentar e manter um projeto de poder, nada mais, sem glórias e sem pudores, uma vergonha. Uma descrição objetiva e inteligente dessa estratégia foi apresentada pelo Josias de Souza, em seu blog para folha, porém, no final do seu raciocino, tudo parece se justificar pelo passado dos opositores o que acaba revelando mais um sintoma de nossa atual apatia política, um certo acomodamento e paciência da imprensa com os equívocos do planalto, muitos...
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