assim, dessa forma, meio jocosa, meio infantil, meio sem sentido, poderíamos iniciar a crítica à espetaculosa e absolutamente ridícula visita do papa Francisco ( cardeal Bergoglio, só para o registro) ao Brasil, melhor, ao Rio de Janeiro do Cabral e ao `santuário` de Aparecida em São Paulo...uma semana de platitudes, de lugares comuns e de clichês carregados de equívocos da velha igreja, muitos cansativos e alguns enganosos e de uma mistificação de falsos dilemas morais e valores. Uma superficial crítica ao consumismo, ao dinheiro e ao mercado, uma perigosa volta ao passado da teologia da libertação sem, ainda, o contexto socialista ou comunista, uma igreja dos escândalos sexuais e financeiros que continua ostentando poder e o mesmo consumo, mas que tenta disfarçar tudo dentro ou por um farsesco fiat idea ou com um papa móvel trazido, etc, etc, etc. as incoerências são tantas que não merecem o registro, diáfano que seja...
salta aos olhos, no entanto, o outro escândalo, a nossa incapacidade para organizar coisas simples e a forma degradante como ainda expomos as nossas fraquezas mais básicas, ruas sem transito, transporte público sem energia, lama no palco da maior concentração prevista, autoridades que não se cumprimentam, a nada republicana ou transparente relação do comitê organizador local com os recursos públicos, a insegurança pública geral e as imagens e falas que a imprensa reproduz e espalha...difícil dizer o que causa mais desconforto nesse mar de lama.
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