o personagem do mês de agosto foi a chuva e a neve que ela trouxe, não pelo espetáculo em si, que foi relativamente apático, mas sim pelo inusitado. Algo semelhante, um inusitado da mesma forma, é o silêncio das ruas e a recuperação da economia durante o segundo trimestre do fatídico 2013, tudo junto não faz o menor sentido, uma economia sem perspectivas claras, com ameaças veladas e concretas à estabilidade institucional, agressões ao patrimônio e administrada por um governo bizarro, com políticas bizarras e com uma vocação para o excesso intervencionista e para o jogo de cena, acreditar que, num cenário desses, tudo vai bem a ponto de recuperarmos um ciclo de expansão e tudo isso com aumento de popularidade da presidente Dilma e de seus ministros, é um absurdo lógico, ou uma forma reveladora da precariedade da ciência triste, a economia, em todos os modelos com alguma racionalidade não é crível que os agentes estão, agora, nesse exato momento, apostando suas fichas no exito de um, cada vez mais real, segundo mandato dessa estratégia de poder. Sinceramente, vai nevar em todos os agostos daqui a'té 2018 e o nível das chuvas vai continuar crescendo e, assim, apostando nessa sequência episódica, podemos também crer que o nosso desenvolvimentismo conseguirá evitar uma grave crise no meio de um eventual segundo mandato da atual presidente.
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