30 agosto 2015

o debate

os bons meninos, talentosos, simpáticos e inteligentes debatem o bom do Brasil, a proposta. Um quer cortar sem resolver o impasse social o outro não quer cortar e não pensa em resolver o impasse fiscal, ambos estão errados, presos a um monologo, esquecem do básico. 
Reestruturar e gastar mais com seres humanos, com desenvolvimento humano, sem comprometer a saúde fiscal e com credibilidade, precisamos dela, aliás. Os inteligentes precisam porque não há país crível com injustiças sociais alarmantes como as nossas. Os simpáticos, precisam porque não entendem que com irresponsabilidade fiscal apenas aumentamos as injustiças sociais...ambos estão presos aos seus respectivos ponto de partida ideológico-partidário, um pouco mais, um pouco menos....

23 agosto 2015

o pode ter certeza do Lula

"Pode ter certeza o Brasil vai voltar a crescer"(Lula, 22/08/2015, 20hs15min)
essa frase é incontestável, é óbvio que o país vai voltar a crescer ainda nessa década, nesse século, ou nesse milênio, ou antes, quem sabe....?!? uma pena que nosso ex-presidente não aproveitou para apresentar algo para abreviar as incertezas da espera, preferiu uma frase grandiosa e irrefutável que não serve absolutamente para nada. 
Temos um demagogo-populista em sua performance habitual, platitudes com vaticínios inócuos, sem nenhuma concretude, um vazio narcisista e obtuso, uma velhacaria política que ainda seduz muita gente entre nós, uma verborragia para iludir, adiar, postergar, ganhar tempo, enganar e sufocar vozes contrárias. Lula é um equivoco político e é uma lástima que ainda faça sucesso entre nós, temos um candidato em campanha, que se coloca como saída para o buraco que ele mesmo construiu e com uma frase sem significado. Podemos ter certeza, essa nossa trajetória negativa é duradora e o exito eleitoral desse populismo ainda é enorme.

16 agosto 2015

jogo melado

quando quebramos um principio qualquer em uma regra o resultado fica melado, desfigurado, descaracterizado, sem o sentido exato. Essa imagem nos cabe agora, temos um jogo melado, já há evidências suficientes de que se seguirmos os fatos e as regras postas, a continuação do atual governo é um jogo melado. É também falsa a defesa da continuação do atual governo pelas realizações na área social ou para evitar o desastre maior que seria a volta da oposição ao poder, o jogo segue melado, porque perdemos a capacidade de analisar os fatos e as regras, estamos presos ao jogo do outro é o pior. 
Não, não mesmo, houve roubo, desvio, uso do poder econômico e uso de caixa dois e de recursos dos desvios na campanha, além da maquiagem das contas públicas, houve sim, negar é melar o bom jogo, das regras e dos princípios éticos e morais aqueles lá da filosofia moral, porém, a nossa ética é ideológica e essa é a pior ética. 
o que fazer diante desse quadro? Nas nossas regras temos a possibilidade do impedimento, é essa a regra, ela, porém, se sustenta em algo intangível que é o apoio político, Como construir esse apoio político se todos os envolvidos praticaram boa parte dos crimes eleitorais? ou mesmo, se já sabemos que a ética é ideológica, como construir apoio político para a boa regra? Essa via não se sustenta, mesmo porque os militantes do partido no poder, não entendem que toda essa lista de equívocos morais, éticos e toda essa corrupção é negativa ou merece ser abandonada e condenada, há uma convicção entre eles de que são superiores e imaculados, iluminados e o eles são muitos. Então, não há o que fazer por essa via. o Samuel Pessoa propõe hoje na folha de são paulo, renuncia  e novas eleições:
"A melhor saída que há à manutenção da presidente zumbi por mais três anos seria renúncia de toda a chapa, da presidente e do vice, para que um novo processo eleitoral fosse convocado e os partidos apresentassem candidaturas."(Samuel Pessoa, fsp, 16/08/2015).
essa seria uma ruptura de toda a regra, seria interromper e acabar a trajetória democrática sem a menor certeza sobre o que viria em seguida. Ela, a presidente, não vai renunciar, os militantes não vão fazer reflexão, o vice é do pmdb e isso já é bastante para indicar que esse também não renuncia ao poder. Então, essa proposta de novas eleições é a pior opção para esse jogo melado. 
Vamos nos arrastar por um longo tempo ainda nessa mesmice, o atual grupo no poder vai sobreviver, pode até ser reconduzido nas próximas eleições, será um desastre, seria, sem dúvida, um grande prejuízo para o país e, para os mais vulneráveis na escala social, seria um insofismável fim do poço, mas isso vem na função aprendizagem democrática e  um dia,  aprendidos, mudaremos para uma ética mais condizente com um principio universal e que não obedeça a slogans partidários...


02 agosto 2015

não somos a Grécia

a semana do parcelamento dos salários dos funcionários públicos e da incapacidade do Estado honrar os seus compromissos mais básicos, saúde, educação, segurança... todos públicos, todos precários e endividados, divida em papel moeda e em realidade, filas, baixa qualidade, disfuncionalidades e descuidos, crianças nas sinaleiras fingem brincar enquanto trabalham. 
Os analistas, alguns deles, vários meus amigos, nomes não digo por respeito e por amizade mesmo, comparam o nosso estado, difícil aqui definir o maiúsculo, com a situação da Grécia. Não, insondáveis vezes, não, não temos nada parecido ou equivalente com a Grécia dos gregos e da união européia, mil vezes não, não construímos insolvência sem miséria, não temos estado de bem-estar social, não cuidamos de nossas crianças e tampouco de nossos velhos, nossa renda per capita é inferior, nosso indicadores sociais, mesmo no decantado sul maravilha, não chegam aos dos gregos, nossa tragédia é nossa e única, escrita por partidos anacrônicos e ainda mais nacional-desenvolvimentista do que a ala a esquerda do Syriza, e ainda mais medíocres.
Um pseudo-qualquer coisa, que para muitos é um intelectual, um poser, afundou o estado, esse sim minúsculo, numa crise, usando recursos que não tinha para escolhas equivocadas e para conceder aumentos onde não podia, com aval unanime de todos os políticos, é verdade. Não, não somos gregos, lá a votação seria apertada e ninguém temeria dizer não.
Não, não somos gregos em sua falta de restingas e ilhas de contrastes, verdadeiras e inundadas pelo Guaíba, gente que não existe nas estatística oficiais, que não tem endereço fixo apesar do viaduto da João Pessoa e dos chocolates visíveis. Apenas 17km do centro da capital da "qualidade de vida" temos idh subsaariano e uma multidão sem água tratada por mais de 40 anos, não, não somos gregos...