16 agosto 2015

jogo melado

quando quebramos um principio qualquer em uma regra o resultado fica melado, desfigurado, descaracterizado, sem o sentido exato. Essa imagem nos cabe agora, temos um jogo melado, já há evidências suficientes de que se seguirmos os fatos e as regras postas, a continuação do atual governo é um jogo melado. É também falsa a defesa da continuação do atual governo pelas realizações na área social ou para evitar o desastre maior que seria a volta da oposição ao poder, o jogo segue melado, porque perdemos a capacidade de analisar os fatos e as regras, estamos presos ao jogo do outro é o pior. 
Não, não mesmo, houve roubo, desvio, uso do poder econômico e uso de caixa dois e de recursos dos desvios na campanha, além da maquiagem das contas públicas, houve sim, negar é melar o bom jogo, das regras e dos princípios éticos e morais aqueles lá da filosofia moral, porém, a nossa ética é ideológica e essa é a pior ética. 
o que fazer diante desse quadro? Nas nossas regras temos a possibilidade do impedimento, é essa a regra, ela, porém, se sustenta em algo intangível que é o apoio político, Como construir esse apoio político se todos os envolvidos praticaram boa parte dos crimes eleitorais? ou mesmo, se já sabemos que a ética é ideológica, como construir apoio político para a boa regra? Essa via não se sustenta, mesmo porque os militantes do partido no poder, não entendem que toda essa lista de equívocos morais, éticos e toda essa corrupção é negativa ou merece ser abandonada e condenada, há uma convicção entre eles de que são superiores e imaculados, iluminados e o eles são muitos. Então, não há o que fazer por essa via. o Samuel Pessoa propõe hoje na folha de são paulo, renuncia  e novas eleições:
"A melhor saída que há à manutenção da presidente zumbi por mais três anos seria renúncia de toda a chapa, da presidente e do vice, para que um novo processo eleitoral fosse convocado e os partidos apresentassem candidaturas."(Samuel Pessoa, fsp, 16/08/2015).
essa seria uma ruptura de toda a regra, seria interromper e acabar a trajetória democrática sem a menor certeza sobre o que viria em seguida. Ela, a presidente, não vai renunciar, os militantes não vão fazer reflexão, o vice é do pmdb e isso já é bastante para indicar que esse também não renuncia ao poder. Então, essa proposta de novas eleições é a pior opção para esse jogo melado. 
Vamos nos arrastar por um longo tempo ainda nessa mesmice, o atual grupo no poder vai sobreviver, pode até ser reconduzido nas próximas eleições, será um desastre, seria, sem dúvida, um grande prejuízo para o país e, para os mais vulneráveis na escala social, seria um insofismável fim do poço, mas isso vem na função aprendizagem democrática e  um dia,  aprendidos, mudaremos para uma ética mais condizente com um principio universal e que não obedeça a slogans partidários...


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