Convidado para assinar uma lista de apoio ao eminente que, por acaso, também é iminente ex-mais uma posição na hierarquia paroquial, o sofrível articulista e defensor das causas nobres hesita, não poria meu nome numa lista onde no cabeçalho vai um impropério, muitas mentiras e uma vaga alegação de descaso com os atributos da defesa.
Essa peça de mal gosto é apenas uma das faltas de decoro que a atual crise impõe ao cidadão comum que alivia sua carga de apuros com muito trabalho e com um zelo precioso por valores nobres. Afinal, quais são esses tais valores? Como explicar a origem de recursos de tamanha monta ou a prática incompatível com o discurso do passado? Nada na esfera pública pode ou deve ficar sem resposta, afinal, a transparência é uma prerrogativa democrática os que são ungidos por um mandato das urnas devem, bem mais que desculpas por traições, devem um esclarecimento completo, cabal - como uma palavra, na língua presa, pode perder rapidamente o sentido - para que a opinião pública possa manifestar e usar o seu único poder que é o de optar, escolher ou des-escolher (se essa palavra pudesse ser desconstruída todos os dias, não teríamos tanta mentira ou falácia nos noticiários). No mundo de hoje, listas de apoio, também nada significam, evocam apenas a falta de compromisso com a verdade e um engajamento despudorado com grupos e com um passado de apoios fisiológicos, ou não, mesmo sem saber toda a verdade os interlocutores desconfiam que o benefício da dúvida não obedece ao critério de listas. Vergonha de uma crise que alimenta a lista de nossas mazelas e que empurra para uma obscura propaganda a verdade: não avançamos em nenhum sentido objetivo no combate aos nossos problemas e ainda estamos mais corruptos e menos transparentes.
Essa peça de mal gosto é apenas uma das faltas de decoro que a atual crise impõe ao cidadão comum que alivia sua carga de apuros com muito trabalho e com um zelo precioso por valores nobres. Afinal, quais são esses tais valores? Como explicar a origem de recursos de tamanha monta ou a prática incompatível com o discurso do passado? Nada na esfera pública pode ou deve ficar sem resposta, afinal, a transparência é uma prerrogativa democrática os que são ungidos por um mandato das urnas devem, bem mais que desculpas por traições, devem um esclarecimento completo, cabal - como uma palavra, na língua presa, pode perder rapidamente o sentido - para que a opinião pública possa manifestar e usar o seu único poder que é o de optar, escolher ou des-escolher (se essa palavra pudesse ser desconstruída todos os dias, não teríamos tanta mentira ou falácia nos noticiários). No mundo de hoje, listas de apoio, também nada significam, evocam apenas a falta de compromisso com a verdade e um engajamento despudorado com grupos e com um passado de apoios fisiológicos, ou não, mesmo sem saber toda a verdade os interlocutores desconfiam que o benefício da dúvida não obedece ao critério de listas. Vergonha de uma crise que alimenta a lista de nossas mazelas e que empurra para uma obscura propaganda a verdade: não avançamos em nenhum sentido objetivo no combate aos nossos problemas e ainda estamos mais corruptos e menos transparentes.
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