21 abril 2008

Na minha rua

manifesto antiglobalização, hoje a noite, na rua da minha casa, o verbo tomou susto, ja nao somos etanol ou biodegradável, viajamos sem leito de dormir e a inflação, ultimo reduto do populismo, tomou ares globais, rima com intromissão e o petróleo, essa máquina de fazer energia, redesenhou em solo africano, a massa de fazer o pão, cana de açucar jaguarana, doce e tenaz, longas filas canaviais, tratores da terracota, feitos na serra, debulham o milho americano que ameaça o populisomo binacional itaiupu, sem trocadilhos, o bispo abandonou o hábito, mas manteve a liturgia e o velho e surrado apanágio de idéias torpes e conservadoras, douradas por uma retórica bom-mocista de salvadores e salvados, os pobres, esses não sabem o que vai no corporativo cartão, o mesmo que usas em usa, ou na vila ocre e sulamericana, patagonhas, mesmo assim, na minha rua, soam buzinas, sinos ainda insistem em preservar a provincia, dos casamentos da corte, das rotas românticas, trilhas de folhas caídas no outono em decadência, vestes de uma época sem sincronia, o passado elege o passado, o presente agoniza e o futuro não foi convidado, afinal a globalização deve ser isso, repetir o erro do passado como se fora conquista da modernidade.

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