27 junho 2010

o outro engano

além da pagar os elevados impostos, pagamos a outra conta, a conta dos não serviços, da péssima qualidade da saúde pública que chamam de sus, sigla usual para supera-te pois,  unicamente, sofrerás, sempre pensei em obedecer regras, adoro a palavra empenhada, os contratos seguidos a risca, sem maus tratos, sem o inesgotável desrespeito, na minha terra, contudo, de norte a sul, nada disso vale, sofremos nas filas, o descaso público e somos vitimas das grossas somas e glebas de recursos que, solenemente deixamos nas máquinas registradoras de todos os empórios, para tudo se traduzir em baixa qualidade de vida e de serviços, nossos postos de saúde não nos socorrem, nossas escolas não ensinam, morremos de viroses nas filas dos bancos públicos, sem dignidade e enfermos, vemos todos os recursos em edificios, em castelos de areia, mas o mínimo respeito aos recursos que tanto nos faz falta nao nos retornam em vida e dignidade, apenas morremos de doenças banais na fila dos descasos, assim, dessa forma, sem quebrar nossas espúrias relações com a coisa pública, que, alguns, descaradamente defendem como o lugar comum para preservar a dor, os mesmos que aprovaram o fim do fator previdenciário e que assinaram o cheque em branco empenhando recursos que nem sabemos se somos ou seremos capazes de amealhar, finda a fanfarra, ficarão as dividas e o assistencialismo e um orçamento de ficção, pena que o teatro da vida é real e os serviços que nos negam destroem nossas vidas em aparelhos ideológicos. A  vida melhor deveria ser uma lei, deveriamos criar a lei de responsabilidade da vida, aquela que manda para cadeia gestores negligentes e que obriga o estado que usa cartão corporativo, devolver, em dobro ou mais, a todo cidadão que paga icms, serviços de qualidade e respeito, sem discriminações ou exceções e a todo tempo, chega da mediocridade e da paz de ocasião que empurra para as margens a água suja e condena os indivíduos ao projeto estatizante dos que querem o poder para criar o partido único e a bomba antidemocrática.

16 junho 2010

ganhei o primeiro bolão da copa

 enquanto o brasil dos campos claudicava, o outro brasil, das contas públicas, nao consegue superar nem mesmo  o chilhe, ou o uruguai, para ficarmos apenas nos países que estão na copa, ontem, com a sensabedoria dos que nao estao nem um pouco preocupados com arranjos sustentaveis, o presidente sancionou o inaceitável e insustentável reajuste para os aposentados, em coro, os presidenciáveis, quase todos, é verdade, apoiaram a tal medida, como necessária e urgente, as nossas contas públicas estão no buraco, o próximo tropeço é a lona e, com medo de perder votos, jogamos o bom-senso para o espaço. Ao mesmo tempo, no outro brasil do futebol, percebemos, num misto de estranhamento, desonforto e constrangimento, que, além de não possuirmos elenco, não temos esquema tático ou visão de jogo, ao contrário do outro blogueiro, nao creio que teoria dos jogos resolveriam, afinal, a nossa estratégia ótima nao está em campo, melhor, nao foi nem mesmo convocada, renegamos o talento em nome dos resultados, da mesma forma que o presidente renegou o bom-senso e adotou uma estratégia de segurança eleitoral, os dois casos são emblemáticos da nossa mediocridade, um partido sem escrupulos que adota o pragmatismo de resultado para ganhar a qualquer custo, bem ao estilo dunga....

11 junho 2010

auto-referência

o primeiro veio duplo, tudo por obra e graça do rafael, amém.

08 junho 2010

Das impossibilidades

temo que já não há tempo pare ler e entender a prova de godel por ernest nagel ou as oito paginas sobre o sentido da vida do tomaz nagel, ainda assim, tentarei simular a distribuicao de renda dos agentes numa escala ampla com dez tipos de distribuicao, ou algo assim, mais para o final do ano, mas não há tempo, perdemos o bonde na esquina democrática, derrapamos na bento gonçalves, em todas as ocasiões, o tempo, escasso como ele só, descortinou a minha falta de jeito com as escolhas, o meu desalinhamento das prioridades, fiz um arremedo sem consistência, leituras foi o que mais refiz, leio, não sei o que é viver, desde então, não ouso entender, mil palavras por minuto ou a morte, soletro, em ritmo lento, muito lento, ouço a cantata número tres wve acordes, orgãos e agudos, sopranos, mas não tenho mais o tempo das urgências ou das querências, agora sou desnudo de tempo, vivo de sobras das horas, vivo porque leio...

03 junho 2010

anterioridade

antes, quando não existias, o que dizia, mesmo nao fazendo sentido, melhor, nunca mesmo, era lido e, por vezes, comentado, agora sou proprietário(exageros, a parte) único desse espaço, escrevo até mais, mas, como sabes, não propicio a imagem real dos que leem uma mínima e miséra palavra ou patacoada, essas ausências de, devo a esse espaço, minhas palavras sem sentido, agora jã não repercutem, podem sorrir da feiura exterior e interior da dublê de candidata, podem, as palavrasn, desembocar em achincalhe, em mil togos e ditongos, podem...não insistirei com essa lista, assim como jã não discuto mercado ou estado, impostos sim e não, pouco importa, quero outro uso para eles, mas não imaginamos um mundo sem eles, os impostos e seus arrecadadores e gastadores, transfiro sim essa pilha de recursos para que as mãos agéis, eu espero, de terceiros, consigam por fim a fila do SUS e lá nas suas espertezas, consigam outrossim, romper o vicioso circulo da educação de baixa qualidade que prende a todos nós, uns mais outros menos, numa armadilha de pobreza, diria, com o apoio das palavras, que chega da falsa polarização, melhor seria, outro estado e outro mercado um mais competitivo e outro mais eficiente e transparente, adoeço quando falo sobre essas idéias tão óbvias e puras em sua santidade casta, aqui as palavras retomariam o curso, morejas ser sem glórias, mas o mesmo não ouvirias, então falaria, das outras armadilhas das desigualdades de oportunidades, tema de minha eterna predileção...

aluamento sem sombras...