"Nossas sociedades improvisadas, de transição, não amortecem os choques."(V. S. Naipaul, 1987, p. 9)
hoje o Samuel Pessoa num artigo para folha destaca que não será fácil atender os manifestos e suas demandas, como, de resto, não será nada fácil a transição para o novo modelo, estilo ou forma de conduzir os negócios de estado. essa é uma aposta, porque todos sabemos quão precária é a convicção de quem deveria cuidar desses negócios de forma justa e eficiente. caso tenhamos razão, os velhos e surrados motes da esquerda e da direita, e essa divisão mesmo, como a conhecemos, serão todos, banidos, anacrônicos e sem sentido. temos um novo grupo de uma nova geração, mais aberta para o mundo e mais bem informada, essa onda não veio das uterinas bases sindicais e/ou partidárias nos moldes antigos, é outra gente, outra pauta e outras dúvidas e certezas, o novo chegou, agora é torcer para que a transição seja rápida e exitosa e sem sobressaltos, caberia também, falar dos derrotados, ambos já citados, por sinal, mas algo que fica claro desde logo, o desenvolvimentismo mais uma vez construiu uma sociedade ruim, pior, e mais desunida e insustentável e ainda deixou uma conta a ser paga por essa geração que está chegando, exatamente como sucede ser sempre que abraçamos teses excessivamente estatizantes e intervencionistas, temos que substituir o protagonismo de estado pelo protagonismo dos valores humanos pura e plenamente.