a vaca não é a mesma dos paises baixos, não deu sinais inequivocos de seus mugidos, mas adora sal e os sintomas de sua presença começam com pequenos soluços, ruminações na cobiça alheia, trotes leves na esplanada, dores lombares nas costas do sauípe e na baixada fluminense, campus largos, lobbys na atmosfera global, passeatas na avenida rio branco, a mesma do petróleo é nosso e dos sindicatos do bancoop, até os jogos, olimpicamente chorados, sentem-se ameaçados pelas partilhas de ibsen, nao aquele da terra de bergman e seus textos em tons escuros e de aguda largueza humana, mas o ibsen da cachorra, o tocador de vacas, o da outra casa de espetáculos do planalto central, o nosso ibsen é deputado com o sentido exato de quem já teve o seu mandato cassado, mas compartilha com a vaca, a sua largueza e a capacidade de semear estrume da discordia, é o começo do declinio, do nunca antes, do pacto federativo, o primeiro do novo milenio, o primeiro da nova republica, como sempre, a ganância e o oportunismo de gente pequena e o arranjo para eleger a mãe da "logo" de plástico, assim, dessa forma lá dela, a vaca e sua maldição, começam a sua sina, é o instinto selvagem dos ruminantes que nos empurra para a crise de odor fiscal, e para o enredo tropical, aos que ficam o fardo de tuas estatais de merda, mas dizem que é oléo da zona abissal, nao poderia ser diferente, vindo do planalto central, ainda não há evidências, é verdade, mas é real, pois a vaca adora pré sal e uma ração concentrada em gás natural fétido e intestinal, como todas as outras...
Um comentário:
Porra, Almir!
DdAB
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