o Schwartsman, na folha de São Paulo, usa Aristóteles para defender ou justificar mudanças promovidas por chantagens de um legislativo corrupto e acentuadamente envolvido com as denuncias da operação 'Lava Jato' (link indisponível para não assinantes), erra duplamente, primeiro por defender esse ardil, segundo porque as mudanças são péssimas para o país.
Noutro capítulo, aparentemente distinto, Lula ou o que sobrou dele, orienta a presidente Dilma para que não vete o fim do fator previdenciário, pois isso a desgastaria ainda mais com as bases do seu partido, o PT. Essa é a angústia dos tempos que vivemos, a escolha infeliz de Dilma para presidir o país nos trouxe ao mundo desprezível dos 'fins justificam os meios' e do populismo de resultados e que dane-se o bom senso econômico e a defesa honrosa de princípios, a começar pelos procedimentos e regras.
um governo que gastou o que não podia e que foi leniente com a volta da inflação por segui o modelo Leda Paulani (também sem link) e o desenvolvimentismo do fim do mundo, é obrigado, se quiser evitar a perda total de credibilidade do país, a fazer ajustes para evitar calotes ou o contrário e, ao mesmo tempo, é constrangido a abonar, seguir ou aceitar, aumentos no fundo partidário e desequilíbrios na previdência, ambos inviabilizando o necessário ajuste fiscal.
Algo injustificável eticamente, tanto no caso dos fundos partidários como das mudanças na previdência, por aumentarem ainda mais rombo orçamentário. Não que a oposição tenha feito muito melhor, ela, porém, não pode ser acusada de ter criado ou apoiado a nova matriz e o tal desenvolvimentismo Lediano e leviano.
Lula conhece o jogo, sabe que as bases do seu partido teriam levado o país para o buraco, mas sabe que sem aquela base e aquelas ideias, mesmo que nunca colocadas em prática, nunca teria sido Lula, o cara. O conselho dele é tão vexatória e contra o país que, exatamente como no caso do Aristóteles, temos outra chantagem em benefício próprio, a volta do Lula ao poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário