23 março 2009

dor(mias)


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade

2 comentários:

Ronald Hillbrecht disse...

Terça à noite, conversas cruzadas. Nobre deputado diz que não faz oposição sistemática, que a disputa é por idéias, não tolera adjetivação no discurso político. Mas apoia o CPERS, idéias somente as do partido, e a governadora, sem adjetivar, é autoritária. Consiga dormir com isto.

Anaximandros disse...

é o rio grande, tche, onde a ideia de primeiro mundo é absolutista, conservadora, e alimenta intransigências...mas concordo contigo, é qse impossível dormir...