na semana do apagão, vimos o céu de estrelas, a sombra da vela acesa, a postura surrada dos ministros da era pré glacial, antes, portanto, da existência da energia elétrica, antes do estado de direito, da representação popular e da democracia assim como a entendemos, representativa e baseada da eleição livre, só isso, essa ignorância das eras, justificaria a formal aeólica e banal, não que aquela outra energia mereça esse adjetivo, como fomos tratados, "escuta aqui, minha filha" "assunto encerrado"! Então tá, diria o cidadão comum que paga impostos e que trabalhou, naquela noite de trevas. Afinal, vimos estrelas e constelações, foi um brinde de itaipu a nossa ignorância do universo e da idéia incial da luz, ponto focal nas linhas de distribuição, até o vocabulário foi ampliado, sabemos, também agora, que apagão é diferente de racionamento e que deixar sem luz 60 milhões de brasileiros em 9 Estados da federação em um ato dos deuses provocado por uma leve chuva com raios a 2km de distância da linha de transmissão. Nada como a imprensa livre, para esclarecer as circunstâncias, afinal nossos investimentos robustos levaram trevas para todos, ou quase todos e que temos um sistema estável e robusto que pode manter tantos na escuridão por tão pouco. A conclusão inescapável salta aos olhos: os deuses devem estar de brincandeira. A expressão inglesa para o que deveríamos ter assistido é accountabillity, algo simples e democrático, precisamos prestar contas do que fazemos, das nossas negligências e das nossas falhas humanas. Esse é um princípio simples, diz muito da atitude democrática, do respeito ao cidadão e a dignidade e liberdade humana, tudo que os atos midiáticos dos nossos ministros conseguiram ridicularizar e suplantar, com maestria, é verdade.
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Há 49 minutos
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