21 março 2010
vivo de economia, mas prefiro poesia...
O secretário Nakano, por assim dizer, o rei da privatização nos anos noventa, durante os saudosos anos do governo Covas, rompe com o seu passado de glórias, ao propor um pragmatismo convergente em direçao ao estatismo de outrora que ele, mascara com um truismo, estado de desenvolvimento nacional, nas suas palavras exatas: "retomar o projeto de desenvolvimento nacional, interrompido em 1980", na mesma e plástica folha, leio o poema que nao consigo reencontrar, assim como os poetas, nao vejo possibilidades na mesmice, nao vejo criatividade inteligente nos murais da esquerda conservadora, aquela dos muros, dos presos políticos e do estado a qualquer preço, tambem nao percebo nada mais que velhacaria e chavões na retórica desenvolvimentista e nos discursos contra a liberdade de imprensa, poetas, como abelhas cegas nao aderem ao maneirismos acrobáticos da intolerãncia nacionalista, sonham diferente, estado e mercado- rima pobre - palavras doces, nao tentem romper o ciclo de suas rotinas, com uma convergência em ão, inflação, corrupção, apropriação privada dos impostos, rimas para o pobre diabo que esqueceu seus feitos e aproveita o soluçar das finanças para defender o passado que nos condena, novamente a falta de criatividade dos que nao sairam do séculodezenove e vivem atrás das benesses do estadodebemestarsocial de latão, sem produção, sem inovaçao, como abelhas que cercam o nectar sem produzir o melado, uma dúvida resta-nos explorar, por que sucumbimos ao lugar comum e não ousamos discordar dos "formadores de opinião"?
Marcadores:
primeiro domingo do outono
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
aí, Anaximandro:
estava no melhor astral lendo a bela postagem de hoje, até deparar-me com "benesses do estado de bem estar social de latão, sem produção, sem inovaçao". não sei se o "latão" me tira do alvo, pois meu modelo de renda básica universal (meu?) contempla a "esmola" de que falavam os igualitaristas ingleses. acho óbvio que não haja produção nem inovação nas transferências interinstitucionais, pois isto deve ocorrer apenas nos setores produtivos a economia, ou seja, nas relações entre produtores. ademais, em meu mundo há rima, claro, entre mercado e estado, que com frequencia conspiram contra a comunidade, que -sem rima- fecha o tripé das formas de organização política das preferências coletivas.
abraço
DdAB
Duilio, faz sentido, mas licença poéticas tambem podem funcionar no mundo da razão social. O latão refere-se é claro a ineficiência das estatatais, todas, sem adulações, não a algum mecanismo de redistribuição via saúde e educação públicas de qualidade, se bem que, aqui teríamos produção, o que me custa a crer em transferência unilateral, de qualquer forma, obrigado mais uma vez pelo comentário. abraço, s.
amado professor:
isto não é uma polêmica, mas registro de curiosidade. primeiro li tua postagem, depois viajei um pouco nos teus blogs preferidos. e achei http://rabiscoseconomicos.wordpress.com/2010/03/23/a-coisa-esta-muito-feia-na-grecia/. e lá vi a palavra "bailout", ou seja, "esmola". e -mesmo antes de ter tua gentil resposta a meu comentário- fiquei pensando: o que um pobre velho tem a menos do que um país para um qualificar-se a receber esmolas e o outro não? por outro lado, se Martha Suplicy, Neuzinha Brizolla e Neusa Collares ganharem "renda básica", isto terá que deixar de ser chamado de esmola, aliviando a barra de José da Silva, que não terá direito a outros proventos...
DdAB
Postar um comentário