encanto nenhum ha nessa luz que queima quando ilumina, nessa rua sem acostamentos, nesse jornalismo financiado pelo dinheiro do contribuinte, nessa decisão sem novidades, nessa dor que agora assumo, nessa volta das dores do fevereiro...Engana-se, porém, meu amigo, não acabou ainda, e, suspeito, talvez resista, afinal essa brasilidade torta e mil vezes questionada, é uma marca, propriamente somos assim, gostamos do deixa prá lá e carregamos o pessimo hábito de contemporizar, antes com o poder econômico, agora com o poder político, mas, nas duas situações, colocamos para debaixo do tapete as mazelas, afinal, aquela gente que mobiliza tantos anseios nao pode ser questionada mesmo diante de tantas petrobras ou de tantos aloprados, melhor deixar passar, depois vemos como que fica, a coerência também nao nos agrada, afinal, porque questionar a politica macroeconomica na boca de quem tanto amaldiçoava o modelo neoliberal, e assim, dessa forma, acomodamos os estranhos atos do presidente, sem tocarmos na árida prática dos discursos seus, adoçamos, enfim, a nossa pátria e empurramos com a barriga, numa típica vertente dolorida, dor de dentes, dor de tiradentes, dor de muita gente, enfim...
Um comentário:
aí, rapaz!
li esta e a outra. falamos de Lula, disto estou certo. mas certifiquei-me apenas após a segunda leitura, ou melhor, não foi "from scratch", pois fui lendo e tomando consciência. aoutra pessoa (uma hoje e outra na "pré-anterior") é que não me caiu a ficha: Tarso?
eu acho que Lula é o maior político de todos os tempos no Brasil. e foi com certa dor que vim a "deduzir" isto. há alguns anos, li o divertido livro autobiográfico de Samuel Wainer (?). ele dava detalhes sobre sua relação com Getúlio Vargas. saí da leitura entendendo por que o samborgino fora o maior político: ladroagens, cumplicitades, passapés. agora vi tudo e muito mais com quem ouvi chamar de Lulla da Silva e decidi manter a grafia original.
quando as chances de Yeda ganhar as eleições eram de 0%, num almoço de professores da PUCRS, sugeri ao Aod que seu governo criasse um milhão de empregos na Brigada Militar. (aliás, sugerira também a certos petistas, quando Olívio candidatou-se e venceu as eleição...). não tenho dúvida de que as agruras que nossa colega vive hoje não teriam aparecido se ela desse ao povo o que ele mais quer: emprego e segurança. como disse Lula, quem nasceu em Copacabana não sabe o que são R$ 80 por mês.
abraços
.d.
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